És aurora que tinge o céu da vida,
flor que floresce em terras feridas.
No tempo esculpiste histórias e trilhos,
com mãos que cuidam, com mãos que criam,
ergueste impérios, mudaste destinos,
rasgaste os céus como Amélia intrépida,
ergueste na tinta o verbo de Beauvoir,
desafiaste o mundo, tão firme e vívida.
És voz que ecoa na terra e no vento,
és Maria, que sustenta esperanças,
derruba lamentos.
És vida que pulsa em mil direções,
és força que move revoluções.
E se um dia tentaram calar teu cantar,
teu nome escreveram em páginas vivas.
Tua força é verbo e olhar,
és eterna —
pois és infinita.